segunda-feira, 24 de agosto de 2009

O caminho ainda virgem?


Olhe para seus antepassados,

Jacó um mentiroso,

Raabe uma prostituta, Rute cheia de insinuações sensuais.

Davi um adúltero-assassino. O pai José queria abandonar a esposa por suspeitar de traição.

Seu nascimento sem nenhum repórter, sem pompa, nasceu num tabuleiro em uma cidade ínfima.

Bem cedo a morte o ronda, não teve a mesma sorte ou azar de uma multidão de bebes, mortos por Herodes o grande idiota.

Quem é esse questionam seus amigos.

Quem é você, encaram seus inimigos.

Enquanto isso na sala da justiça, a raça pura e límpida como as águas do rio tiête escumam suas substâncias, vem alguma coisa boa de Nazaré, do Piauí, do Heliópolis?

Aquele bebum,que come churrasco com o beira-mar, e transforma água em caipirinha no casamento da Galisteu, se diz Deus, deus das moscas, bufam seus algozes,

Hosana, bendito o que vem em nome do Senhor!

Crucifica-o esse maldito enganador!

Zé povinho foi pra grupo, grupo global.

Vinagre amargo, sol e calor, sangue e suor, e dor, muita dor.

Desce dai médico, salvou os outros, salva a você mesmo! Resmunga a filosofia burra da ninhada de cobras, que se alegra em ver um homem morrer, e aos poucos, paulatinamente morre, esse ainda incompreendido Jesus.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Aurora


O Dr. King imbuído do Nazareno palavreou à Gandhi,

será que o Neto conseguirá?

Fui da biblía à Victor Hugo,

Victor Hugo me disse," volte à ela",

Rubem alvejou minha imprecisão,

seu presbitério ficou no passado, mas Deus não.

O corredor Gondim me deu fôlego,

cercou-me em suas reflexões cearences.

Cá estou reconstruindo-me,

a cada fragmentação, desiludindo-me.