sábado, 30 de maio de 2009

O que será uma religião?



A religião é o solene desvelar dos tesouros ocultos do coração do homem, a revelação dos seus pensamentos mais íntimos, a confissão pública dos seus segredos de amor.
Como forem os pensamentos e as disposiçôes do homem, exatamennte isto e não mais será o valor do seu Deus.
Consciência de Deus é autoconsciência, conhecimenro de Deus é autoconhecimento.
Deus é a mais alta subjetividade do homen...Este é o mistério da religião: o homem projeta o seu ser na objetividade e então se transforma a si mesmo num objeto face a esta imagem, assim convertida em sujeito.
( Ludwig Feuerbach )
Será...

Uma silhueta informe.


Não sou da favela, mas imagino um quotidiano paradoxal, alegre e angustiante, triste mas muito feliz, sombrio e maldoso mas amigável e cheio de solidariedade, uma conexão que sana a necessidade, ali encontramos verdadeira cooperação, e dessa união comunitária, nasce os filhos do morro, o rap e o pagode, por hora confabulemos do rap, ritmo e poesia, na verdade ritmo e prosa, pouca poesia, quase que repentistas urbanos, com versos saturados de dor e angústia, intensamente imersos numa vontade de desabafo incontida, que é extravazada através de um microfone e de instrumentais americanas e das mais variadas ideologias políticas, formando no subterrâneo da sociedade um duto de informaçôes que vão e vem transitando entre nomes como os Racionais Mcs e G.O.G e etc, preconizando aos ouvintes um despertar social forjado na consciência individual visando a trasformação coletiva, dessa conjuntura temos uma figura bastante peculiar e distinta em seu modo de ser, " O movimento hip-hop".

Formei um grupo de três aos dezoito em noventa e sete, Influência Vital, influênciar à vida, uma propasta simples, mas ainda vago na mente de um jovem-homem informe intelectual e sociológicamente, desfez-se o grupo enfim, a proposta não, ela não se desfaz quando se é essência, e uma essência nutrida mesmo confusa e sofrendo alteraçôes, possui sua própria alma e fôlego nas maiores tempestades da vida, injustiça, preconceito, fome, exploração, desdem dos parlamentares que dizem se "lixar" para a opinião pública, a ciência dos fatos horrendos que se infiltram em toda as camadas da sociedade, dos relacionamentos, da religião, da política, da arte, da música, e cabe analisar o rap como música esse Titã marginal,
  1. Sua força se originou de um amamentamento proficiente," a indignação que a miséria produz", esse cadino que engendra um poder inato de inadequação à uma realidade sôfrega, por ser oriunda d uma balança fraudulenta, ou seja, revolta e paixão por uma vida livre de preconceitos e das algemas que impede essa liberdade.
  2. Apesar das letras que desmoronam toda a pretensão burguesa, da força das batidas emaranhadas em prosas temperadas com auto-estima, consciência social, situação política, falta ao rap não muita coisa, que está logo ali, é a musicalidade, a excelência como arte, a beleza que chega aos ouvidos e encanta os ouvintes.
Sem perder sua razão é necessária sua transformação, ou uma modificação estética, uma cirurgia plástica nesse "Frankstein desengonçado", que precisa se alinhar em compreensão as mudanças que gravitam interna e externamente ao seu corpo colossal.
( João Neto )

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Contingências


Se alguma coisa é espantosa, se existe uma realidade que ultrapassa o sonho, é isto, ver o sol, entrar em plena posse da força viril, ter saúde e alegria, rir abertamente, correr em direção a uma glória resplandescente que temos diante de nós, sentir no peito um pulmão que respira, um coração que pulsa, uma vontade que raciocina; falar, pensar, ter esperança, amar, ter mãe, ter mulher, ter filhos, ter aluz, e, de repente, em menos de um minuto, o tempo de um grito, afundar em um abismo, cair, rolar, esmagar, ser esmagado; ver as astes do trigo, flores, folhas, ramos, sem pode agarrar-se a nada, sentir inútil sua espada, sentir homens por baixo de si e cavalos por cima, debater-se em vão, os ossos quebrados por algum coice na escuridão, sentir um calcanhar que lhe faz saltar os olhos,morder com raiva as ferraduras dos cavalos, sufocar, berrar, se retorcer, estar lá embaixo e dizer: ainda há pouco eu estava vivo.
Os miseráveis, Victor Hugo, pag.352.

terça-feira, 5 de maio de 2009

A nova Eva


A Eva de ontem teve consciência do mal, e se cobriu;
A Eva de hoje tem consciência do bem, mas se despiu.
( João Neto )

domingo, 3 de maio de 2009

Bela vida



Agora passo por um breve instante;
Sem nenhuma ação percebo a causa;
Momento esse,frio,dominante,constante e perturbante;
Que me arrasta a esse breve pausa;

Pensar e repensar a vida;
Que de bela tem e muito;
menos na ótica cínica e distorcida;
Desse louco e finito mundo.

Nunca é demais,tolo é parar e voltar atrás;
Acredite meu amigo as horas passam;
Engolem o tempo num apetite voraz;

Pensar,agir também,necessário é ousar;
Atitude com ferverscência,mudar para melhorar;
Garimpar as forças inclusas e inativas nas minas da inteligência;

E alcançar um novo,ou melhor o novo...
Processo contínuo que me dá acesso ao belo viver;
Resgata as virtudes sublimes de um novo prazer;
Não mais apenas sobreviver,mas também morrer;
Sol a sol,aos poucos,enveredar a estrada;
reputada estrada dos loucos;

E é nela que vou,vou lutar,vou perder,vou vencer,vou orar,vou ler,vou;
porque á inércia não me dou;

Vou causar os efeitos da esperança;
vou mover os entulhos da apatia;
vou tirar os problemas da lembrança;
E compor essa poesia com graça e simpatia;
sorrir ao brilho de cada dia;
cantar ao Criador uma música,como que uma sinfonia singela;
ÓH meu Deus,eu te quero,eu te amo,em teus braços a vida é vida;
abundante e bela.

(Essa poesia foi escrita no ano de 2007,João neto).