quinta-feira, 4 de março de 2010


Com o triunfo da burguesia Deus passou a ter problemas habitacionais crônicos. Despejado de um lugar, despejado de outro... Progressivamente foi empurrado para fora do mundo. Para que os homens dominem a Terra, é necessário que Deus seja confinado aos céus.
Por Rickert.

Não existe religião alguma que seja falsa. Todas elas respondem, de formas diferentes, as condições dadas da existência humana.
Por E. Durkheim.

Aos fiéis pouco importa que suas idéias sejam corretas ou não. A essência da religião não é idéia, mas força. O fiél que entrou em comunhão com o seu Deus não é meramente um homem que vê novas verdades que o descrente ignora. Ele se tornou mais forte. Ele sente, dentro de si, mais força, seja para suportar os sofrimentos da existência, seja para vencê-los.
O sagrado não é um círculo de saber, mas um círculo de força.
Por E. Durkheim.

O sofrimento religioso é, ao mesmo tempo, expressão de um sofrimento real e protesto contra um sofrimento real. Suspiro da criatura oprimida, coração de um mundo sem coração, espírito de uma situação sem espírito: a religião é o ópio do povo.
Por Karl Max.

Ópio do povo? Pode ser, mas não aqui. Em meio a mártires e profetas, Deus é o protesto e o poder os oprimidos.
Por Rubem Alves.

O reino do céu é um estado de espírito não algo que virá “além do mundo” ou “depois da morte”. Toda a idéia de morte natural está além dos evangelhos, a morte não é uma ponte, uma mensagem, está ausente porque pertence a um mundo de todo diferente, meramente aparente, interessante apenas como um símbolo. A hora da nossa morte não é uma idéia cristã, “horas”, tempo, a vida física e as crises não existem para o portador da boa nova...
O reino do céu não é algo que os homens devam esperar, ele não tem ontem, nem depois de amanhã, não chegará a um milênio, é uma experiência do coração, está em toda parte, e não está em parte alguma.
Por Friedrich W. Nietzsche.

Tirai uma idéia e colocai nela uma legítima realidade, e todo o cristianismo desmoronará, arruinado.
Por Friedrich W. Nietzsche.

Inicialmente, a dimensão de transcendência não tem nada a ver com as religiões, embora elas procurem monopolizar a transcendência.
Por Leonardo Boff.


Nenhum comentário:

Postar um comentário