quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Quem sou eu


Minha condição humana me fascina. Ignoro por que estou na Terra, mas às vezes pressinto. Sou o concreto e o abstrato.
Reconheço que sou o concreto de minha existência quando observo homens se diferenciarem pelas classes sociais; partidos políticos elaborarem leis unilaterais; governo aumentar impostos para compensar gastos irrisórios; autoridades regatearem verba para educação e a humanidade se apaixonar pela riqueza material como única finalidade de vida.
Em contrapartida, sou o abstrato da sabedoria para garantir o uso do conhecimento acumulado no passado aplicado no descobrimento da minha presença aqui; para perceber novos caminhos e alternativas não traçadas na viagem; para interagir com discentes, proporcionando situações que envolvam observação, comparação, valoração, decisão, autonomia e transformação da realidade uma vez que os indivíduos não são presenças neutras na história.
Logo, sou o concreto no social e histórico e o abstrato quando valorizo a importância da luta esperançosa de transformação do mundo a partir de uma intervenção que não adere nem se adapta, mas analisa e modifica.

Sandra Valéria Walchhutter ( Professora de Português da Etec Jorge Street )

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